O estudo bíblico de hoje tem por título: “Javé ou Jeová – Qual o verdadeiro nome de Deus?”. Javé e Jeová são os termos em português, para designar DEUS, em hebraico. Ambos são traduções possíveis para o Tetragrama hebraico YHWH, “Eu sou o que sou”.
Nos dois casos o significado remete a SENHOR, Deus Criador Eterno, revelado na Bíblia Sagrada. A diferença na grafia deve-se a opções de tradução para as línguas latinas. A forma original no hebraico não possuía vogais, por isso, tanto Javé como Jeová são tentativas de aproximação do termo YHWH.
Na vocalização do texto hebraico da Bíblia, o Tetragrama (as quatro consoantes) recebeu o acréscimo das vogais da palavra Adonai. Resultando na pronúncia de “Yahweh” ou “Yhowah” (Javé ou Jeová em nossa língua). Yahweh ocorre mais de 6000 vezes no Antigo Testamento.
O nome de Deus, “Eu sou o que Sou” (“Eu sou porque serei” ou “Eu serei o que serei”) traduz uma mensagem concreta, muito mais importante do que o mero interesse etimológico ou de tradução do mesmo. Associado ao verbo hebraico “ser” (existir, acontecer) repetido 2 vezes, o nome de Deus adquire uma intensidade maior que a própria existência.
Reforça o entendimento que “EU SOU” é o DEUS que existe realmente por si mesmo, sem princípio nem fim, soberano sobre todos. É o Criador do universo e está presente com seu povo. Conhecer o nome de Deus é mais que categorizá-lo como Javé, Jeová, Senhor, Deus, etc.
Isso implica num conhecimento pessoal do conteúdo concreto que o Seu nome carrega e na compreensão de quem Ele é, através da sua palavra. As diversas formas de representação escrita em torna da revelação de Deus estarão unidas ao Nome (essência, reputação) que identifica o SENHOR, se for realmente distinguido de todos os falsos deuses das nações.
A pronúncia exata de “YHWH” pode ter se perdido no tempo, pela falta de vogais na inscrição original (hebraico antigo), e também, porque os judeus não pronunciavam o nome sagrado de Deus. As vogais inseridas (de Adonay) deram origem a forma Yahweh ou Yhowah.
Mas nas diversas traduções bíblicas surgiram outras formas: Je-hovah, Jeová, Jehová, Javé ou Yahweh. Muitos estudiosos acreditam que a tradução mais provável, da forma transliterada na época da vocalização da Bíblia hebraica seja “Javé”. Por isso ainda é a opção de muitos intérpretes eruditos (ou Yahweh).
A forma “Jeová” terá se disseminado mais tardiamente, já em traduções de meados do século XII. Contudo, mais importante que saber a “verdadeira” pronúncia do nome do Senhor, é conhecer o Verdadeiro Deus (seu caráter, vontade, princípios e caminho). Deus se revelou para ser conhecido entre todos os povos, de geração em geração.
Esse conhecimento excede as habilidades intelectuais e linguísticas. Deve envolver fé, amor e relacionamento. Em pelo menos dois momentos na Bíblia, o Senhor recusou dizer o Seu nome real quando indagado. O patriarca Jacó, depois de lutar com o Anjo de Deus, perguntou o nome do Senhor (Gênesis 32.29); e o pai de Sansão também fez a mesma pergunta (Juízes 13.17-21). Mas, nos dois casos, a resposta foi sempre dada com outra pergunta: “Porque pergunta o meu nome?” Isso faz-nos pensar sobre quais as razões que nos levam a querer saber o real nome de Deus.
Quando conhecemos alguma pessoa, quase sempre começamos por perguntar o seu nome. Isso pode ter a ver com uma curiosidade natural de nomear ou “resumir” pessoas e coisas. Também, pode parecer dar alguma garantia de acesso à alguém. Sobre Deus, será também a nossa curiosidade, ou a pretensão de dominar tal conhecimento? Ao contrário das pessoas e coisas, Deus não pode ser “rotulado” pelos homens, nem resumido na Sua essência. Ele é inexplicável, e não cabe dentro de nenhuma especificação humana.
A partir da Sua atuação no mundo e do Seu relacionamento com as pessoas, o Deus único foi sendo reconhecido e revelado na história. Saber o nome (ou os nomes) de Deus não é garantia de que O conhecemos de fato. Pela história sabemos que O Senhor se tornou mais conhecido por seu povo quando este andou nos seus caminhos, confiando e dependendo Dele.
Yahweh (o único Deus verdadeiro) também se tornará mais conhecido pelos outros povos, à medida que, o Seu povo anda com Ele torna conhecidos os Seus caminhos pelas nações. Apesar da nossa tentativa de categorizar tudo à nossa volta, Deus não se encaixa nessas especificações delimitadas.
O Deus supremo é inexplicavelmente maravilhoso (Romanos 11.33). Nossa mente limitada não consegue abarcar toda a Sua grandeza (Salmos 139.6). De fato, será um Nome incompreensível e “maravilhoso”, muito acima do nosso entendimento. Assim, entendemos que conhecer a Deus é mais importante que a habilidade de conhecer ou pronunciar o Seu nome.
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